Foto: arquivo pessoal
O júri popular que julgou o ex-policial militar acusado de matar Geovanna Nogueira da Paixão, de 11 anos, durante uma ação policial no bairro Jardim Santo Inácio, em Salvador, considerou o agente de segurança inocente.
Nildson França foi absolvido nesta segunda-feira (21) na capital baiana.
O julgamento durou cerca de quatro horas. De acordo com o advogado de defesa, Daniel Keller, não é possível definir qual arma foi utilizada no crime, "porque os projéteis que foram encontrados no local são de armas tanto utilizadas pela Polícia Militar quanto por integrantes do tráfico de drogas".
O advogado ainda relatou que o laudo pericial não foi determinante para saber de onde teria partido o disparo que atingiu e matou Geovanna.
A acusação ainda não sabe se vai recorrer da decisão.
MORTE DE GEOVANA
Geovana Nogueira de 11 anos morreu no dia 24 de janeiro de 2018. Ela teria aberto o portão da própria casa para receber o avô e morreu com um tiro na cabeça durante uma operação policial.
Na ocasião, policiais militares informaram que faziam buscas por autores de homicídios na localidade conhecida como "Paz e Vida", e disseram que foram recebidos a tiros por criminosos.
Os familiares da vítima negaram a versão e acusaram os PMs de chegarem atirando no bairro e de terem deflagrado o disparo que matou a menina.
Dois dias depois, em 26 de janeiro de 2018, os policiais envolvidos entregaram as armas para serem periciadas e foram afastados dos trabalhos nas ruas. Nesse mesmo dia Geovanna foi enterrada no Cemitério Municipal de Paripe, no subúrbio de Salvador, sob forte comoção.
