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Pressionado, Werner vai à Assembleia Legislativa e diz que violência reduziu na Bahia

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Da redação

Ele participou de audiência Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da AL-BA

Pressionado, Werner vai à Assembleia Legislativa e diz que violência reduziu na Bahia
Alberto Maraux/ Ascom SSPBA

Em meio à escalada de violência na Bahia, ao lado do vice-governador Geraldo Jr. (MDB), o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner foi nesta quarta-feira (20) à Assembleia Legislativa (AL-BA) para prestar esclarecimentos a deputados e defender que os índices vêm melhorando no estado.

Em conteúdo enviado pela assessoria de imprensa, a SSP diz que o secretário apresentou números das mortes violentas e dos roubos a bancos, os investimentos e o combate às facções.

"Uma parte desse investimento foi direcionado para a valorização do servidor. Aumentamos em 50% o valor pago por arma apreendida, ampliamos as promoções e o pagamento pela redução de mortes violentas", disse.

Ele participou de audiência Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia. Estiveram presentes, além de Werner e Geraldo, a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, o subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Nilton Machado, a diretora-geral do Departamento de Polícia Técnica, Ana Cecília Bandeira, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Adson Marchesini.

A Bahia vive uma onda de violência, sobretudo diante da disputa por territórios, promovidas por facções criminosas. Em Salvador, houve, nas últimas semanas, confrontos entre policiais e bandidos nos bairros do Alto das Pombas, no Calabar e em Valéria – neste, um policial federal foi assassinado. Ao todo, 19 pessoas suspeitos morreram nestas três ações. 

NÚMEROS GERAIS
Segundo cruzamento de dados feitos a partir de informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Mapping Police Violence (Mapeamento da Violência Policial), os policiais baianos mataram, em 2022, mais pessoas que todas as forças de segurança dos Estados Unidos.

Em agosto, em entrevista à GloboNews, o ministro da Casa Civil e ex-governador Rui Costa minimizou os índices de letalidade policial no estado e disse que não reconhecia parâmetros estabelecidos por ONGs, afirmando que era necessário padronização por parte do governo federal para os dados.

Apesar da fala do ministro, já existem indicativos nacionais que colocam a Bahia como estado mais violento do país. Conforme o Painel de Monitoramento do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que detalham as mortes por local de ocorrências, idade, sexo e raça, a Bahia foi o estado do Brasil que mais registrou assassinatos nos últimos oito anos.

Com pelo menos 49,5 mil homicídios entre 2015 e 2022, os números são 40% maiores que os do segundo colocado, o Rio de Janeiro.

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