O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16) que o novo Cartão Nacional de Saúde (CNS) passa a exibir nome e CPF, substituindo o antigo número. A medida integra a atualização da base de cadastros do SUS, em parceria com o Ministério da Gestão e Inovação.
Desde julho, 54 milhões de registros já foram suspensos. A previsão é que 111 milhões sejam inativados até abril de 2026. Atualmente, o SUS conta com 286,8 milhões de cadastros ativos, dos quais 246 milhões já estão vinculados ao CPF. Outros 40,8 milhões seguem em análise.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantiu que pacientes sem CPF continuam tendo atendimento garantido. Para esses casos, foi criado um cadastro temporário válido por um ano, usado principalmente em emergências. Povos indígenas, ribeirinhos e estrangeiros permanecem identificados pelo Cadastro Nacional de Saúde, que será mantido como registro complementar.
Segundo Padilha, a mudança representa uma revolução tecnológica no SUS, comparável ao sistema inglês, que levou uma década para implantar medida semelhante. A interoperabilidade com a Receita Federal permitirá integrar dados como histórico de vacinas e medicamentos do Farmácia Popular.
O governo estima inativar 11 milhões de registros por mês até abril de 2026, igualando a base do SUS aos 228,9 milhões de CPFs ativos no país. Todos os sistemas de informação, como o prontuário eletrônico e o SIM, serão adaptados até dezembro de 2026.
A base do CadSUS também será integrada à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), possibilitando o cruzamento seguro com informações do IBGE e do CadÚnico. A pasta avalia que a medida trará mais eficiência, reduzirá desperdícios e fortalecerá a gestão pública em saúde.
