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Mais de 100 mil motoristas com exame toxicológico em atraso podem ter a carteira suspensa na Bahia

Data:
Driele Veiga

Multa é de R$1.467,35 e suspensão chega a 90 dias.

Mais de 100 mil motoristas com exame toxicológico em atraso podem ter a carteira suspensa na Bahia
Divulgação

Os motoristas das categorias C, D e E têm até o dia 28 deste mês para realizar o exame toxicológico, caso o teste esteja em atraso . Na Bahia, 107.951 motoristas ainda não regularizaram o exame, o que representa 29,6% do total desses motoristas. Quem perder o prazo pode pagar multa de R$1.467,35 e corre o risco de perder o direito de dirigir por três meses.

As multas vão começar a ser aplicadas um mês após o prazo final, ou seja, a partir do dia 28 de janeiro. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê que se configura infração gravíssima deixar de realizar o exame 30 dias após o vencimento do prazo estabelecido. Se o motorista for reincidente no período de um ano, a multa passa dobra e passa a valer R$2.934,70.

Todos os motoristas que têm permissão para dirigir caminhões, micro-ônibus, ônibus e carretas devem realizar o exame a cada 2 anos e 6 meses, mesmo que não estejam atuando como motoristas profissionais. Quem explica é Max Passos, coordenador geral de Habilitação do Detran-BA.

O prazo foi estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em junho deste ano. A necessidade de realizar o exame que identifica a presença de substâncias psicoativas no organismo havia sido suspensa durante a pandemia da covid-19. A Bahia possui 364.551 condutores dessas três categorias, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA). No Brasil, 4,2 milhões de condutores estão com o exame vencido, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito.

Os condutores devem realizar o exame em algum dos laboratórios credenciados ao Detran-BA e o resultado será automaticamente inserido no sistema do Departamento. O exame toxicológico é feito por meio da coleta de uma pequena quantidade de cabelo ou por um pelo do corpo.

O exame detecta se drogas foram ingeridas pelo menos três meses antes da coleta. Entre as substâncias identificadas estão: maconha e derivados, cocaína, anfetaminas (rebites), metanfetaminas e inibidores de apetite. Se consumidas, todas podem aumentar a probabilidade de acidentes no trânsito, segundo especialistas.

O valor médio do teste é de R$135, de acordo com a Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), mas as empresas costumam arcar com os custos em caso de motoristas profissionais.

Clique aqui e veja a lista completa dos locais onde o teste é realizado.
 

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