A delegada e ex-vereadora de Salvador, Kátia Alves, foi absolvida do processo administrativo disciplinar que tramitava na Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Ela era investigada por suspeita de participação em um esquema de grampos telefônicos ordenados pelo então senador Antônio Carlos Magalhães no ano de 2002. À época, ela comandava a pasta.
A portaria que trouxe o arquivamento do processo administrativo foi assinada pelo secretário de Segurança Marcelo Werner e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (20).
A absolvição da SSP-BA tem como base uma decisão judicial transitada em julgado, que tramitou na 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, que inocentou os três.
Além de Kátia foram retirados do processo, o auxiliar administrativo Alberto Fernandes Freire Júnior e o ex-servidor comissionado Ednilson Bispo dos Santos. Por conta de seu falecimento em junho de 2021, o delegado Valdir Gomes Barbosa foi absolvido e o ex-servidor comissionado, Alan Souza de Farias, também. Mas este segundo por prescrição da punição.
A decisão vem quase 12 anos depois da absolvição dos investigados pela esfera criminal, que aconteceu em dezembro de 2011.
RELEMBRE O CASO
As escutas ilegais supostamente a mando do então senador Antônio Carlos Magalhães começaram em 2002, mas só se tornaram públicas em 2003. O caso ficou conhecido como “grampos de ACM”.
Teriam sido vítimas das escutas ilegais a ex-amante de ACM, Adriana Barreto, o marido Plácido Faria, o sogro dela, César Faria, além dos deputados federais Geddel Vieira Lima, Benito Gama, Nelson Pelegrino e o então prefeito do município de Maragogipe, Raimundo Gabriel de Oliveira.
O ex-senador morreu em 2007.
