Após idas e vindas e muita expectativa, o esperado aconteceu. O governador Jerônimo Rodrigues reuniu o PT e base aliada e definiu o nome do vice dele, Geraldo Júnior, como o candidato da oposição à Prefeitura de Salvador.
A escolha de um candidato único é uma nova estratégia do PT e aliados que, em eleições passadas, descentralizava a disputa pelo Palácio Tomé de Souza em mais de um nome. No último pleito, por exemplo, a disputa ficou dividida entre os nomes de Major Denice, o pastor Isidório, Bacelar, Celso Cotrim e Olivia Santana. Como se sabe, não deu certo. O sucessor de ACM Neto, Bruno Reis, foi eleito logo no primeiro turno.
Agora, o PT e base jogam diferente na tentativa de concentrar as forças em um só candidato para enfrentar um prefeito bem avaliado pela população. Bruno Reis nega que é candidato, mas até os caboclos guardados no Pavilhão da Lapinha sabem que só falta anunciar e oficializar a candidatura à reeleição do atual prefeito da capital.
A expectativa da oposição agora é sobre quem será o candidato ou candidata a vice na chapa de Geraldo Júnior. Segundo Jerônimo, o nome deve ser anunciado depois do Carnaval. O governador, com certeza, vai ter que ter mais uma vez muito jogo de cintura e maestria política para essa definição. A escolha de Geraldo como candidato não foi rápida e nem fácil. Alas da base preferiam alguém com perfil mais à esquerda. Até ontem, outros dois integrantes da base se colocavam como candidatos: os deputados estaduais Olivia Santana (PC do B) e Robinson Almeida (PT)|. Hoje, os dois já publicaram nas redes sociais que estão fora do páreo.
A propósito, ontem, depois do anúncio de Júnior, em entrevista coletiva, o governador Jerônimo foi questionado pela jornalista Cíntia Kelly se Almeida teria ficado “chateado” por ter sido preterido. O governador respondeu, dizendo que esse tipo de pergunta não iria estragar a unidade da base. Ora, jornalista competente como Cíntia trabalha para informar, apurar, ouvir e perguntar. Sempre! Cabe ao entrevistado responder, ou não. Pode dizer sim, não, talvez ou se calar. Já são sinais de que essa campanha pode ser bem movimentada e quente.
A jogada de pano talvez venha da relação entre os principais candidatos que fizeram parte do mesmo grupo político liderado por ACM Neto e são amigos (ainda?): Geraldo Júnior e Bruno Reis.
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