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Assista: vítima espancada por cabo da PM fala pela primeira vez após agressões

Data:
Driele Veiga

Caso está sendo investigado pela polícia.

Assista: vítima espancada por cabo da PM fala pela primeira vez após agressões
Rede Social

O contador agredido pelo cabo Danilo Augusto Oliveira Machado, lotado na 31ª Companhia Independente (CIPM/Valéria), quebrou o silêncio nesta terça-feira (18), e resolveu falar sobre as agressões que sofreu no início do mês, no bairro da Pituba. Em um vídeo enviado ao Portal do Casé, a vítima relata o pouco que se recorda dos pouco mais de quatro minutos em que foi violentamente agredido.

"Eu não me lembro muito bem do ocorrido porque sofri muitos traumas na cabeça. O que as pessoas me falaram pós ocorrido foi que o agressor começou a passar fotos de pessoas famosas, o vídeo dos Mamonas Assassinas, e eu disse que ele não deveria fazer aquilo. Ele não gostou e começou a tortura".

Sem mostrar o rosto por temer pela própria vida, homem, que apanhou no dia do aniversário de 35 anos, revelou que não conhecia o PM e não sabia que ele fazia parte da corporação.

"Nunca tive conversa nenhuma com ele e nem desentendimento".

O contador sabe que desmaiou após as agressões e acordou sozinho, levantou desorientado e foi sozinho para casa, sem receber qualquer tipo de socorro médico. “No dia seguinte, eu acordei com o rosto todo roxo, arranhões, cabeça cheia de hematomas. A costela doía muito, muito mesmo. Não consegui dormir direito nos outros dias, só com remédio, de tanta dor”, afirmou.  A vítima passou por exames médicos e um Raio-X confirmou fratura da costela. 

Ele contou ainda que não conseguiu assistir o vídeo das agressões, completo. "Não consegui assitir tudo. Me deu uma agonia".

O homem sustentou ainda que não levou o caso adiante imediatamente por medo. “Eu estava com medo, por se tratar de um policial. A gente fica com medo de acontecer algo com a gente. O cara armado. Tudo isso me fez ter medo de acontecer algo comigo”, disse, no vídeo. 

A vítima ainda sente dores na costela e que ainda tem muito medo. "Ainda estou sob efeito de remédio. Psicologicamente tenho muito medo ainda. Dificilmente saio de casa. Quando saio da casa é de carro, táxi ou Uber. Eu não saio sozinho, a pé. Tenho esse medo ainda dentro de mim. Mas o pior já passou e agora é esperar a justiça ser feita".

O Portal do Casé distorceu a voz para preservar a vítima. 

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SOBRINHO DE OFICIAL

O homem agredido é sobrinho do tenente coronel da corporação, Paulo Roberto. O oficial, inclusive, foi colega de turma do comandante-geral, Paulo Coutinho, que já teria determinado apuração do caso. O tenente coronel está há cinco anos na reserva, após servir 32 anos na PM. Foi ele quem reconheceu o sobrinho após ver o vídeo das agressões circulando na internet. 

As imagens mostram Danilo Machado dando socos, chutes, pisões e colocando a arma na cabeça da vítima por duas vezes. As agressões duram pouco mais de quatro minutos.  

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Além da própria PM, a Polícia Civil apura o caso, por meio da 16ª Delegacia Territorial. A delegada Marita Souza comentou a situação.  As investigações policiais apuram, inclusive, se Danilo Machado tem posse de arma. Ele estaria com uma pistola semiautomática.
 

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