Familiares do menino Joel já estão no Fórum Rui Barbosa, onde vai acontecer o julgamento popular do ex-policial militar Eraldo Menezes de Souza e o tenente Alexinaldo Santana Souza. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) pelo homicídio da criança de 10 anos, em 21 de novembro de 2010.
O caso ficou nacionalmente conhecido porque a criança tinha feito, meses antes, parte da propaganda do Governo da Bahia. Joel estava se preparando para dormir quando, na versão do Ministério Público, foi atingido por um tiro, disparado por um policial militar, lotado na 40ª Companhia Independente.
O júri estava marcado para iniciar às 8h, com sessão presidida pela juíza Andréa Teixeira Lima Sarmento Netto, do 2º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri e o representante do Ministério Público do Estado (MPBA), o promotor Ariomar José Figueiredo da Silva. A sessão acontece a portas fechadas e a imprensa não tem acesso.
Tudo indica que o desfecho do caso aconteça entre esta segunda-feira (6) e terça-feira (7). No entanto, o salão está reservado para cinco dias. Não há horário previsto para terminar o julgamento. Devem ser ouvidas de 10 a 15 pessoas. Primeiro, as testemunhas de acusação, depois as de defesa.
Durante o júri não é permitido gravação de sons e imagens, por todo e qualquer dispositivo.
OUTRO JULGAMENTO
Esse não deve ser o único julgamento que o ex-soldado Eraldo Menezes de Souza vai encarar. O Tribunal de Justiça da Bahia decidiu, em abril de 2021, que ele e mais 11PMs (oito soldados, um sargento e dois tenentes), vão a julgamento popular pelas mortes de quatro jovens, também no bairro do Nordeste, quase três meses antes da morte do menino Joel.