Um homem foi agredido por seguranças particulares após uma discussão em um povoado da zona rural do município de Queimadas, Norte da Bahia. O caso aconteceu na noite de domingo (7) e, segundo testemunhas, foi provocado por um som alto. Nesta terça-feira (9), a vítima conversou com o Portal do Casé. Robsson Ferreira contou que a situação já foi registrada na Delegacia Territorial, que vai investigar o ocorrido.
O rapaz é dono de um veículo que tem um som do tipo "paredão". Ele explicou que, no povoado, acontecia um bingo e um encontro justamente dos "paredões". "Todos os anos acontece esse evento [no povoado Lagoinha]. Quando cheguei, pedi permissão aos proprietários que lá estavam e comecei a tocar", relembrou. Uma testemunha, porém, informou que Robsson recebeu um aviso para abaixar o volume e, por isso, resolveu se retirar do local.
"A gente estava no evento. Esse rapaz que foi agredido [Robsson] tem um som muito bom no carro. Estávamos 'tranquilos' na festa e ele foi colocar o som em uma rua pequena, ao lado. Ele queria ligar o som e ninguém deixou. Ele, então, aumentou o som e estava saindo, com o veículo. Um dos seguranças colocou o pé na frente do carro e foi tirar satisfação com ele. Ele revidou. Ao meu ver, o dono do ‘paredão’ estava agindo correto", contou a testemunha, sem se identificar.
O próprio Robsson confirmou que houve o revide, mas garantiu que a briga começou após um dos seguranças amassar o seu carro. "Retirei meu carro para evitar uma confusão. Os seguranças estavam na frente do meu veículo e pedi que um deles saísse. Um deles bateu no capô do meu carro e amassou. Ali, eu estava defendendo meu bem. Eu discuti com um deles. Depois, partiram para cima", relatou o rapaz.
Um vídeo, gravado por quem acompanhou a situação, mostra Robsson já recebendo golpes de cassetete. Em cerca de um minuto, o rapaz sofre diversas agressões e é colocado sobre o capô de um veículo que estava no local. O dono do "paredão" ficou com hematomas, principalmente nas costas e costela. Ele já fez exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica e deve ser ouvido pela Polícia Civil na sexta-feira.
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A reportagem do Portal do Casé entrou em contato com a responsável pela contratação dos seguranças. Eles, inclusive, já foram à delegacia. Na versão do grupo, Robsson desobedeceu diversas ordens para abaixar o volume do seu “paredão”, pois já havia outro instrumento parecido no local. Ao decidir sair do local, ainda de acordo com os seguranças, o dono do “paredão” teria usado o veículo para tentar atropelar um dos trabalhadores. Por isso, o capô teria amassado.
Os suspeitos da agressão ainda relataram que diversas testemunhas podem confirmar essa versão, e que o vídeo mostra apenas “a parte final” da briga.
