Uma das vítimas do triplo homicídio de médicos registrado na madrugada desta quinta-feira (5) no Rio de Janeiro, o baiano Perseu Ribeiro Almeida era natural de Ipiaú, no Sudoeste do estado, e era também filho de médico. Torcedor do Bahia, trabalhava também na cidade de Jaguaquara, no Vale do Jiquiriçá. Ele participava do congresso de ortopedia que acontecia no Rio.
Perseu foi anunciado como novo integrante de uma clínica no dia 20 de março. "Temos o prazer de apresentar o mais novo parceiro. Dr. Perseu Almeida, seja muito bem vindo entre nós", escreveu a unidade de saúde em suas redes sociais. Ele, que se formou na Faculdade FTC de Salvador, tinha registro ativo no Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) e era especialista em cirurgia do pé e tornozelo, além de reconstrução e alongamento ósseo.
O baiano, que estava com a camisa do Bahia no momento dos disparos, morreu na hora. O corpo dele deve ser enterrado na Bahia nos próximos dias.
Perseu era filho do também ortopedista e empresário Luiz Andrade de Almeida, conhecido na região Sudoeste da Bahia. Ele morreu em maio de 2013, após o carro que dirigia bater contra um ônibus da viação Novo Horizonte, na BA-120, que liga as cidades de Gandu e Ibirataia. A esposa de Luiz Andrade também estava no veículo e ficou levemente ferida.
Em nota, a Faculdade Zarns Salvador (antiga Medicina FTC), lamentou, em nome da direção, professores, funcionários e colegas, a morte do ex-aluno e médico Perseu Ribeiro Almeida.
CRIME
Câmeras de segurança registaram o momento em que criminosos chegam num carro branco. Três descem com roupas pretas e disparam diversos tiros contra os médicos que estavam no local, um bar no bairro da Barra da Tijuca.
Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, não resistiu ainda no quiosque. Ele era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e faria 63 anos semana que vem. Perseu também morreu na hora.
Já Diego Ralf Bomfim, 35 anos, chegou a ser encaminhado ao hospital municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu. Ele trabalhava na casa de saúde Santa Marcelina, em São Paulo e era irmão da deputada federal, Sâmia Bonfim (Psol-SP).
