A Prefeitura de Salvador entregou, nesta sexta-feira (12), um novo espaço para os trabalhadores do comércio autônomo. O prefeito Bruno Reis e o secretário de Ordem Pública (Semop), Alexandre Tinôco, inauguraram o Camelódromo de Sussuarana, equipamento composto por duas edificações na Avenida Ulysses Guimarães.
Somando 833 metros quadrados de área, os espaços contam com 31 boxes e sanitários, inclusive para pessoas com deficiência, além de área para estacionamento de veículos, bancos, lixeiras, piso intertravado e iluminação em LED.
As estruturas possuem paredes em alvenaria de blocos cerâmicos, acessos por rampa estrutural e escada, além de cobertura em telhas termoacústicas capazes de reduzir a sensação de calor e os ruídos provocados pelo som ambiente.
O projeto foi elaborado pela Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), totalizando investimento de R$1,7 milhão.
No local atuam comerciantes desde produtos de alimentos em geral até prestadores de serviços gerais como chaveiros e cabeleireiros.
Os 31 boxes foram distribuídos em dois prédios, sendo 16 num edifício e 15 no outro. Além disso, a Semop ordenou os food trucks e demais carrinhos de alimentos que ocupavam as ruas do entorno, facilitando a mobilidade do bairro.
Titular da Semop, Alexandre Tinôco destacou que o processo foi realizado em diálogo com os permissionários. “As nossas barracas hoje são de chapa, com uma estrutura bem mais reforçada para poder atender aos ambulantes que ficavam na rua. A gente identifica essas áreas de comércio forte, conversa com os trabalhadores, faz o projeto, apresenta, discute com eles e depois entrega equipamentos como esse que dão uma nova vida, uma nova cara para os bairros de Salvador”, afirmou.
A permissionária Anadi Maria da Silva Ferreira, de 42 anos, vende roupas no local e foi beneficiada com um dos novos boxes. “Aqui a gente trabalhava com barraca de zinco, sem estrutura nenhuma. Fazia muito calor, era insuportável. Eu já vinha com o protetor todos os dias no rosto, porque minha barraca ficava no meio da pista, dividia espaço com carros estacionados. Era um sufoco. Foi muita luta e hoje eu tô muito feliz”, disse.
Paulo Santos de Brito, de 54 anos, é outro permissionário beneficiado, que atua no local como chaveiro. “Sendo bem modesto, as condições aqui eram deploráveis. A gente não tinha um lugar com dignidade para levar o nosso pão de cada dia para casa”, disse.