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Convocação para reavaliações do BPC faz grupo protestar em Salvador; 'Retrocesso'

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Da redação

O dono do véiculo acusou um dos manifestantes de ter retirado a chave de sua moto

Convocação para reavaliações do BPC faz grupo protestar em Salvador; 'Retrocesso'
Portal do Casé

O movimento Levante Atípico em Movimento realizou, na manhã desta segunda-feira (11), um ato público em frente à agência do INSS da Avenida Sete de Setembro, em Salvador. O protesto denunciou as convocações para novas perícias do Benefício de Prestação Continuada (BPC), mesmo em casos de deficiências permanentes como autismo e síndrome de Down.

Famílias atípicas de diferentes regiões participaram da mobilização, que teve início às 11h. Segundo os organizadores, o ato foi motivado pelas recentes exigências do INSS, que obrigam beneficiários a comprovarem novamente condições que não mudaram e que já haviam sido reconhecidas oficialmente.

Durante o protesto, um episódio tenso interrompeu brevemente a manifestação. Segundo testemunhas, um motociclista no local se exaltou e acusou um dos manifestantes de ter retirado a chave de sua moto. Os presentes reagiram em coro, gritando "covarde", em repúdio à atitude agressiva do homem. 

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O Levante Atípico afirma que a maioria dos convocados para reavaliação são pessoas com deficiências permanentes e que não houve qualquer alteração na situação de saúde ou na renda das famílias. O movimento considera as convocações uma tentativa de deslegitimar direitos já garantidos em lei.

Durante a tramitação do PL 4614/2024, chegou a ser incluída uma cláusula que excluía pessoas com “deficiências leves” do BPC. Após pressão de movimentos sociais, esse trecho foi retirado. No entanto, os organizadores denunciam que as novas perícias refletem uma forma indireta de aplicar essa medida rechaçada.

“O que estamos vendo é um retrocesso silencioso. Nossas crianças continuam com deficiência, e nossas famílias seguem em vulnerabilidade. Nada justifica essa convocação em massa”, declarou uma das lideranças do movimento.

O protesto contou com a presença de representantes da sociedade civil, familiares, ativistas e apoiadores. O grupo reforça que seguirá mobilizado e alerta: “Quem tem uma dor que nunca passa, não pode esperar em silêncio.”

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