Em reação a uma lei sancionada no Rio de Janeiro pelo governador Cláudio Castro (PL), um projeto de lei na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) quer instituir o acarajé como patrimônio cultural do estado.
A proposta é do deputado estadual Antônio Henrique Júnior (PP), que justificou que o acarajé é um prato típico da culinária baiana, embora tenha origem africana. Segundo ele, o bolinho é culturalmente do povo baiano.
O assunto gerou polêmica nas redes sociais e o Portal do Casé resolveu por um pouco mais de pimenta nesse acarajé.
Vale ressaltar que desde 2012 o ofício das baianas de acarajé se tornou patrimônio cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). Isso significa que o acarajé não ficou de fora desse tombamento.
Em nota, o IPAC tratou de jogar vatapá no burburinho.
"É uma inverdade dizer que o acarajé não tem proteção patrimonial na Bahia. Não se aliena o acarajé da baiana de acarajé. Não é uma prática legal da política patrimonial alienar o objetoprotegido de quem o faz, de quem o inventa e o exerce. Não existe outra forma de salvaguardar o akará qu não seja a baiana de acarajé".
O acarajé é, sim, do baiano e está sim protegido pelo Decreto Estadual 14.191/2012.