A família de um adolescente de 12 anos denunciou o Colégio Pirâmide, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, por negligência relacionada a supostos quadros de injúrias raciais que o menino estaria sofrendo de colegas dentro de sala. De acordo com a família da vítima, a escola tentou "abafar o caso" e colocar o jovem como culpado.
O quadro, de acordo com Conceição Paiva, tia do garoto, ocorreu na última semana e estava afetando a autoestima do menino. Os nomes pelos quais o adolescente estava sendo chamado não serão postados nesta reportagem.
Em entrevista ao Portal do Casé, Conceição disse que, apesar de a escola ter conhecimento do que estava acontecendo, escolheu não contar para a família. "As professoras sabiam de tudo. Elas foram falar com os meninos. Eles [suspeitos da injúria] falaram que meu sobrinho que pediu para colocarem apelido nele", alegou a tia.
Ela ainda argumentou que a diretoria do colégio foi negligente com a situação e se omitiu na hora de resolver o problema. A família trocou o menino de escola. "Pedi que colocassem em ata [o quadro de injúria racial] e não colocaram. Foi agendada uma reunião com a diretoria, mas não apareceram", denunciou Conceição.
"Achamos melhor trocar ele de escola. Estava caminhando para um quadro depressivo e nós não sabíamos o porquê. Até que ele conversou sobre isso com a pedagoga dele, que é particular, e ela nos comunicou", concluiu ela. As medidas legais já estão sendo tomadas. “Prestamos queixas na Polícia Civil e já entramos em contato com o Ministério Público”.
O Portal do Casé tentou entrar em contato com o Colégio Pirâmide, mas não obteve resposta.
Sob supervisão do coordenador, Jean Mendes
