São golpistas o homem e mulher que se passam por funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e recolhem dados pessoais de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios pagos pela autarquia. Imagens da dupla começaram a circular nas redes sociais e, nesta quarta-feira (31), o Portal do Casé apurou a informação.
Os suspeitos se apresentam como supervisores e se identificam como Ana Paula e Rafael Sousa.
As fotografias já chegaram ao conhecimento do INSS e, segundo o órgão, serão encaminhadas à Procuradoria Federal Especializada, que envia à Polícia Federal para identificação dos criminosos. É a PF quem apura como tiveram acesso aos dados dos beneficiários. O INSS reforçou que não está realizando pesquisa externa para prova de vida. É golpe!
"Nenhuma prática que vise prejudicar ou extorquir aposentados, pensionistas e segurados em geral passará impune. Todas as denúncias serão encaminhadas para apuração para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Sejam elas quais forem", adverte Alessandro Stefanutto, presidente do INSS.
COMO ELES ATUAM?
Os falsos funcionários do instituto se apresentam usando crachá, farda, prancheta e papel timbrado do INSS. Mas, todo material apresentado é falso. De acordo com Ygor Sousa, gerente-executivo do INSS em Salvador, na capital baiana ainda não houve confirmação de falsos funcionários da autarquia realizando esse tipo de abordagem.
Também não há informação de qual estado ou cidade esses falsários atuam. Mas, ciente do caso, Ygor esclareceu que o INSS não procura ninguém, seja ele beneficiário ou não do órgão, de forma presencial.
"A prova de vida é 100% responsabilidade do INSS. Então, o cidadão não precisa fazer absolutamente nada para provar que está vivo. Tudo é feito de forma automatizada a partir de cruzamento de dados governamentais. Se houver algum problema nos dados do cidadão, o INSS vai entrar em contato por meio do aplicativo 'Meu Inss' ou por carta solicitando que o beneficiário compareça a uma agência física do próprio INSS", esclareceu.
O INSS faz esse tipo de pesquisa somente nos casos de comprovação de vínculo, endereço e irregularidades, por exemplo. Porém, servidores não pedem cópia de documentos ou fotografia. O reconhecimento é feito apenas conferindo o documento de identificação com foto.
"O beneficiário não deve fornecer nenhuma informação pessoal a estranhos. Se tiver abordagem ativa, seja por telefone ou presencial, não forneça dados. Se tiver dúvida da ligação ou abordagem física, ligue para a Central de Atendimento 135 e cheque se há, de fato, alguma pendência".
Vale ressaltar que o INSS não procura ninguém se o mesmo não tiver algum tipo de vínculo com o órgão, ou seja, se o indivíduo nunca precisou do instituto ele não procura a pessoa. "Se você não é beneficiário, não está perto de se aposentar, ou nunca precisou do Inss, descarte qualquer possibilidade do órgão te procurar por qualquer meio, seja ele telefônico ou presencial".
