Um caso inusitado de reconhecimento de paternidade foi registrado na Defensoria Pública da Bahia. Antônio Sena de Lima de 85 anos, morador de Camaçari, procurou a instituição para reconhecer, de uma única vez, a paternidade de seis filhos, com idades entre 40 e 52 anos.
O idoso, que possui 13 filhos, nunca havia registrado os filhos de seu segundo casamento, devido à falta de informação. Ele acreditava que não poderia registrá-los, pois já havia sido casado anteriormente. Foi uma das filhas quem procurou a Defensoria e solicitou orientação sobre o caso. Na data agendada, todos os seis filhos, além da mãe, compareceram à Defensoria e acompanharam a assinatura dos termos.
A Defensoria Pública da Bahia oficializou o processo de reconhecimento voluntário, sem a necessidade de exame de DNA, e encaminhou a documentação ao cartório. Agora, os filhos terão o nome do pai em suas certidões de nascimento.
Os termos de reconhecimento da paternidade foram ajuizados pela defensora Roberta Cunha. “No caso do senhor Antônio, uma pessoa hipervulnerável, atuamos não apenas para reforçar vínculos familiares de afeto, mas também acerca da herança biológica, da própria ancestralidade e genealogia familiar”, comentou.
