O trágico acidente que ocorreu na Igreja de São Francisco, no Pelourinho, em Salvador, quando o forro do teto desabou, resultando na morte de uma jovem turista de 26 anos e ferindo outras cinco pessoas já tinha sido previsto pelo diretor do templo, Frei Pedro Júnior Freitas da Silva.
Ele, inclusive, solicitou a "realização de visita técnica para avaliação da situação e encaminhamentos necessários à preservação da igreja".
O documento informa que "foi identificada dilatação no forro do teto da igreja".

A solicitação foi encaminhada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apenas dois dias antes do acidente, solicitado instruções sobre como proceder na basílica e pedindo uma visita técnica para avaliar a situação e tomar as medidas necessárias para sua preservação.
O superintendente do Iphan, Hermano Fabricio Oliveira Guanais, afirmou que a gestão da igreja é de responsabilidade da própria instituição e que o Iphan não tem a responsabilidade direta de fiscalizar o local de forma contínua, apenas agindo quando é acionado. Ele também destacou que o risco era iminente e não aparente, e que a igreja não tinha conhecimento de um problema específico com o forro do teto.
A igreja foi interditada após o acidente e o caso está sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A família da vítima foi informada e deve chegar a Salvador nos próximos dias para acompanhar as investigações e providenciar o traslado do corpo.