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Imóvel onde funcionava Colégio Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, tem sido 'depenado' durante madrugadas

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Jean Mendes

O prédio onde funcionava o Colégio Odorico Tavares, que tem pouco mais de 5 mil metros quadrados, foi fechado em 2019, por decisão do então governo comandado por Rui Costa

Imóvel onde funcionava Colégio Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, tem sido 'depenado' durante madrugadas
Portal do Casé

Vidros sendo quebrados, alumínios batendo no chão e sendo retorcidos. Esses barulhos viraram rotina para vizinhos do imóvel onde funcionava o antigo Colégio Odorico Tavares, no bairro do Corredor da Vitória, em Salvador. Há cerca de 15 dias, o local está sendo invadido, sempre entre 3h e 5h, para furto de peças que podem ser revendidas facilmente para empresas de ferro-velho. E os criminosos não fazem cerimônia alguma.

O Portal do Casé ouviu porteiros e moradores dos edifícios vizinhos. Sem se identificar, dizem que, em uma das madrugadas, a Polícia Militar chegou a ser acionada, mas não foi ao local. A área é de responsabilidade da 11ª Companhia Independente (CIPM/Barra). De acordo com as testemunhas, os criminosos invadem o prédio onde funcionava o Odorico Tavares pelo Vale do Canela, onde apenas uma chapa de aço tenta resguardar o prédio.

Buracos feitos na chapa de aço facilita entrada dos bandidos 

"Nas duas últimas madrugadas [domingo e segunda] têm se tornado pior. O estrondo de vidros quebrados e chapas sendo retorcidas é muito alto", diz um dos vizinhos do Odorico Tavares. Na madrugada desta segunda-feira (9), o crime foi registrado por volta de 3h30. Vídeo feito por um dos moradores mostra uma pequena parte do barulho feito pelos bandidos. "Aqui, ninguém mais dorme nestes horários", finaliza.

O estrago já pode ser percebido durante o amanhecer. Do lado externo do prédio, toldos que ainda estavam no local quando o colégio foi fechado já foram furtados.

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ELEFANTE BRANCO

O prédio onde funcionava o Colégio Odorico Tavares, que tem pouco mais de 5 mil metros quadrados, foi fechado em 2019, por decisão do então governo comandado por Rui Costa (PT). Na época, a Secretaria da Educação disse de forma oficial que a queda nas matrículas não justificava o funcionamento da unidade. A escola tinha capacidade para até 3,6 mil alunos. Até hoje, porém, o Governo do Estado não deu um destino ao imóvel.

Em 2023, a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (SAEB) chegou a prometer leilão do imóvel - instalado em uma das áreas mais valorizadas de Salvador -, mas ainda nada foi à frente. O terreno pode valer até R$ 50 milhões. 
 

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