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Iphan aponta ilegalidade em construção de rooftop no Centro Histórico de Salvador

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Da redação

Construção do rooftop não tinha anuência prévia, exigida pela legislação que protege bens tombados

Iphan aponta ilegalidade em construção de rooftop no Centro Histórico de Salvador
Danilo Puridade

Um parecer técnico do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan) confirmou irregularidades na construção de um rooftop de 500 m² sobre dois imóveis em frente à Praça Municipal, área tombada desde 1984. O documento, assinado em junho pelo arquiteto João Gustavo Andrade Silva, mostra que a empresária Andrea Velame, responsável pelas Casas Conceito, tinha autorização apenas para reformas simplificadas, mas ergueu uma cobertura com piscina para abrigar o restaurante Ori Rooftop.

Segundo o relatório, a permissão se restringia a pintura de fachadas, substituição de esquadrias, instalação de pisos, revestimentos e infraestrutura elétrica e hidráulica. 

A construção do rooftop, que ocupa parte de um casarão histórico e do prédio onde funciona uma agência do Bradesco, não tinha anuência prévia, exigida pela legislação que protege bens tombados.

O parecer destaca contradições entre o pedido original e as intervenções executadas, apontando que outras obras só seriam analisadas após envio de material técnico complementar. Apesar disso, o Iphan não embargou a obra, como determina o Decreto-Lei nº 25/1937, que prevê paralisação imediata, multa e responsabilização criminal em casos de alteração sem licença.

Em nota, o instituto afirmou que as intervenções não autorizadas serão apuradas e que os responsáveis já apresentaram projeto de regularização, atualmente em análise. 

Enquanto isso, o espaço segue em funcionamento, integrado ao futuro hotel de luxo Villa Andrea, no Casario da Misericórdia, no Centro Histórico de Salvador.

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