O médico obstetra Luís Leite, condenado por crime de injúria racial, foi encontrado morto dentro da casa onde morava nesta quinta-feira (21), em Itabuna, no sul da Bahia. O homem morreu de insuficiência respiratória, congestão e tromboembolismo pulmonar. A morte foi constada por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que foram acionadas por familiares.
Em outubro, Luís Leite foi condenado a 4 anos e 2 meses de prisão por cometer crime de injúria racial. Segundo o processo, o médico afirmou que uma servidora de uma clínica, que é uma mulher negra, era bonita "por ter sangue branco".
Luís respondia em liberdade por ter pagado uma fiança de R$ 14 mil após prisão em flagrante em fevereiro deste ano. Ele cometeu o crime, equiparado ao crime de racismo, contra uma auditora que prestava serviços para a Secretária de Saúde do Estado (Sesab) na Maternidade Otaciana Pinto, mesma clínica em que Luís trabalhava.
No dia 4 de novembro, o médico recebeu um habeas corpus e iria responder em liberdade.
O corpo do obstetra foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). O médico deve ser sepultado em Salvador.