O motorista do veículo de Tratamento Fora do Domicílio acusado de maltratar um deficiente visual na frente do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, se pronunciou na noite de terça-feira (4). O trabalhador, de prenome Ramon, reforçou que não passou do portão principal da unidade por não ter autorização.
A situação ganhou tons de polêmica porque um mototaxista gravou o momento em que o condutor desembarca o deficiente visual e sua acompanhante. Na opinião do cinegrafista amador, o TFD deveria passar pela portaria do hospital para deixar o paciente no ambulatório, evitando que o homem andasse cerca de 200 metros.
"O que eu fiz, é o que todo mundo faz. Quem vai para o ambulatório, o carro não entra. Depois que o senhor desceu, foi que o guarda falou que eu poderia entrar. Até falei com a menina: 'se for para a gente colocar no carro de volta, colocamos e o levamos'. Ela continuou andando com ele", disse o motorista, ao lado da acompanhante.
"Não percebi que ele estava fazendo o vídeo [...] Ele perguntou se eu estava querendo ajuda, e eu disse que sim, para levar a bolsa. A irmã do paciente disse que iria me esperar lá em frente. Ela falou: 'você pede para o motorista entrar'. Ainda falei com ele, mas o motorista disse que eles [vigilantes] não permitiam entrar. Então, fui andando", relembrou a acompanhante, sem se identificar.
"Esse rapaz gravou esse vídeo para se aparecer, sem permissão [...] Todo carro que chega lá, de paciente que vai para o ambulatório, o pessoal estaciona na entrada do portão. Já me barraram lá umas duas vezes. Não entrei por isso. Já peguei paciente no braço e levei, para colocar em carro e tirar de carro. Não sei porque ele gravou esse vídeo", completou Roberto.
Na terça-feira, dia em que o caso aconteceu, a Prefeitura de Queimadas - responsável pelo TFD - já havia informado que o Hospital Geral Clériston Andrade não deixava veículos entrarem na unidade. A assessoria do HGCA desmente.