A capital baiana está testemunhando um crescimento exponencial de movimentos ambientalistas que se unem para defender as áreas verdes da cidade. A especulação imobiliária tem sido um dos principais inimigos desses grupos, que vêm trabalhando juntos para proteger os espaços naturais de Salvador.
Recentemente, a Justiça Federal suspendeu o leilão da área verde do Morro Ipiranga, na Barra, após pressão do movimento SOS Áreas Verdes. O terreno de cerca de três mil metros quadrados era considerado uma área de preservação permanente e estava sendo leiloado pela Prefeitura de Salvador com um lance mínimo de R$ 4.945.000.
A união dos movimentos ambientalistas tem sido fundamental para alcançar resultados concretos. O SOS Buracão, que luta contra a construção de dois espigões de 17 andares de apartamentos no bairro Rio Vermelho, é um exemplo disso. O movimento surgiu há dois anos e conta com o apoio de outros coletivos ambientalistas que atuam em união pela defesa da cidade.
"A união faz a força" é um ditado que se aplica perfeitamente à situação atual. Segundo Miguel Sehbe, presidente da Associação de moradores da Rua Barro Vermelho e liderança no SOS Buracão, "a união de movimentos ambientalistas mostra uma força em crescimento exponencial capaz de definir rumos políticos".
Olga Pontes, defensora e liderança no movimento de proteção ao Morro Ipiranga, reforça a necessidade da atuação conjunta dos movimentos ambientalistas. "Em tempos de constantes ameaças ao patrimônio e à identidade da cidade que é de todos nós, a união dos movimentos vai além de um ato de amor e coragem – é um gesto de consciência coletiva sobre o valor do que estamos prestes a perder".
A suspensão do leilão do Morro Ipiranga foi uma vitória importante para os movimentos ambientalistas. A decisão do juiz Alex Schramm da Rocha destacou que a intervenção da Justiça é fundamental para a prevenção de danos urbanísticos e ambientais de difícil reversão.
Outros coletivos de defesa ambiental, como o Coletivo Stella Maris, o movimento Morro Ipiranga, Salve Verde e Rua Alagoinhas, também estão trabalhando juntos para proteger as áreas verdes de Salvador. A união desses movimentos é um sinal de esperança para a cidade e demonstra que é possível trabalhar juntos para defender o patrimônio natural e cultural de Salvador.