O fenômeno luminoso visto por moradores de diversas cidades do Brasil, em especial, na região Nordeste, nesta sexta-feira (22), não foi uma chuva de meteoros e sim, segundo a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (BRAMON), uma "bela reentrada de lixo espacial" na terra.
As bolas de fogo começaram a ser vistas por volta das 22h30 e se referem a reentrada de "estágio superior” de um foguete Longa Marcha 2C, lançado em 25 de janeiro de 2018, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, sudoeste da China. O segundo estágio desse foguete tinha 7,8 metros de comprimento e 3,35 metros de diâmetro, pesando cerca de 3,2 toneladas quando reentrou na atmosfera a aproximadamente 26.000 km/h.
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"A essa velocidade o impacto do foguete com a atmosfera cria uma bolha de plasma incandescente que brilha intensamente que aos poucos vai destruindo e vaporizando o objeto", disse o diretor técnico da rede, Marcelo Zurita.
Segundo ele os riscos para humanos em solo são mínimos, porque poucas partes chegam inteiras até o solo, mas ele existe.
“Cerca de 30% do material acaba resistindo e pode atingir uma residência ou pessoa. Evidentemente, os riscos são muito baixos. Mas como a quantidade de lançamentos e, consequentemente, a entrada de material na atmosfera vem aumentando nos últimos anos isso pode ser uma preocupação num futuro próximo".
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No último domingo (17), um meteoro chamou a atenção de moradores da região da Chapada Diamantina, na Bahia. Ele caiu na localidade e câmeras de segurança de algumas residências registraram o momento. O fenômeno foi visto em Seabra, Palmeiras e Livramento de Nossa Senhora.
Há, porém, relatos de que o clarão foi visto em outras cidades de regiões diferentes, como Tucano, Queimadas e Santaluz.