Nove igrejas católicas em Salvador foram interditadas após vistorias conjuntas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Defesa Civil da cidade. A decisão foi tomada após o teto da igreja de São Francisco desabar e matar a turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos.
As igrejas interditadas incluem a Igreja de São Francisco, onde aconteceu o acidente, além de outras como Igreja de São Miguel; paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem; igreja Nossa Senhora da Ajuda; igreja e Convento dos Perdões; igreja de São Bento da Bahia; igreja dos Quinze Mistérios; igreja da Ordem Terceira do Carmo e convento Santa Clara do Desterro.
As vistorias estão sendo realizadas de forma preventiva, com o apoio de uma força-tarefa com 15 servidores de outros estados. A Bahia tem 184 bens tombados pelo Iphan, sendo que 51 são igrejas, e 30 delas estão na capital baiana. A Defesa Civil informou que 14 igrejas foram vistoriadas, mas ainda não há um balanço de todos os problemas encontrados.
No total, foram vistoriados 106 imóveis (casarões, museus, conventos, igrejas) ao longo da semana, de risco alto e muito alto. As principais patologias identificadas foram deterioração em estruturas de madeira das coberturas e assoalhos; oxidação de ferragens com desprendimento de reboco em paredes e lajes; infiltrações generalizadas e fissuras e rachaduras em alvenarias.
Para que as igrejas possam reabrir, é preciso que todas as falhas apontadas na vistoria sejam corrigidas, o que é responsabilidade dos proprietários. No entanto, eles podem receber ajuda de custo. A situação é um lembrete da importância da manutenção e conservação dos patrimônios históricos e artísticos.
