A cidade de Cachoeira pode se tornar Patrimônio Mundial Cultural. A solicitação foi feita pela gestão municipal ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no dia do aniversário de 187 anos de emancipação da cidade.
O pedido aconteceu durante cerimônia na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, com a presença de representantes do Governo do Estado.
O instituto vai elaborar um dossiê que será encaminhado para avaliação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), responsável pela concessão do título. Atualmente, na Bahia, só o Centro Histórico de Salvador detém o reconhecimento.
"A conquista desse título vai atrair pessoas de todo o mundo para conhecer os nossos atrativos, que são o nosso patrimônio material e também imaterial, a exemplo da nossa gastronomia", disse a prefeita Eliana Gonzaga (PT).
"É um momento de muita alegria e entusiasmo. Assumimos esse compromisso de trabalhar em prol do reconhecimento de Cachoeira", disse Indi Ohana Rocha, arquiteta e urbanista do Iphan.
"De fato, será muito bom para o nosso turismo. Foi aqui em Cachoeira que nasceu e se manteve acesa a chama da independência brasileira. Aqui temos um patrimônio arquitetônico colonial significativo e também sacro, ricas manifestações culturais das religiões de matriz africana, a festa da Boa Morte, o samba do Recôncavo, uma tradição de festas juninas muito forte e a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Tudo isso preenche os requisitos da Unesco", destacou Maurício Bacelar, secretário estadual de Turismo, durante o evento.
Para o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, esse é um ato que vem a valorizar toda a história e tradição cultural de Cachoeira ao longo de séculos. "Com a valorização de toda essa riqueza cultural, o turismo ganha outro sentido. As pessoas vêm não somente pelas belezas naturais, mas também por toda a história que aqui foi construída", pontuou.