O prefeito de Gavião, na Bacia do Jacuípe, Laurindo Nazário (PSD), criou polêmica ao defender o abate de cachorros na cidade. A fala do chefe do Executivo aconteceu no dia 17 de março, na Câmara de Vereadores, mas começou a repercutir neste final de semana.
Na oportunidade, Nazário comentava sobre ataques praticados por cachorros contra ovelhas. Ele sugere que os tutores dos responsáveis pelos ataques paguem as despesas. Caso isso não aconteça, o cachorro deve, na sua visão, ser abatido. "Se pegar matando a criação, força o dono a pagar. Se não, já sabe quem é o cachorro. Mata esse desgraçado. Mata! Vai deixar a sua filha com fome porque o cachorro matou a ovelha? O cachorro é santo?", diz.
O prefeito ainda compara o abate de cachorros com bovinos infectados com a chamada doença da vaca louca. "Quando ela está fica louca, o que faz com ela? Não sacrifica? E o cachorro que está na roça matando a criação, não pode fazer isso? Porque o cachorro é santo? Precisamos pensar diferente", completa.
Já no fim do discurso, Laurindo acaba confrontado por um vereador. Ele volta a repetir a ideia. "Se a castração resolvesse, estávamos sossegados. Você sabe quanto é para castrar? Vou deixar de atender o hospital, consertar o carro, dar manutenção, para criar cachorro velho? Castração não resolve. Não é o caminho castração. Falei e repito: se o cachorro matar ovelha vou procurar saber quem é o dono. Se não der jeito, dou jeito no cachorro".
A fala do chefe do Executivo Municipal foi compartilhada por defensores de animais, nas redes sociais. Por conta da repercussão negativa, as redes sociais da Prefeitura e de Laurindo foram desativadas. Neste sábado (12), o Portal do Casé procurou a assessoria de imprensa da gestão municipal. O órgão prometeu dar um posicionamento, via jurídico, o que não tinha acontecido até a publicação desta reportagem.
O abate de cachorro é crime, previsto na legislação brasileira. O autor pode ser condenado a até um ano de prisão.
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