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Prefeitura de Salvador vai dar casa mobiliada para grupo específico; veja detalhes

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Da redação

As iniciativas do projeto foram desenhadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre)

Prefeitura de Salvador vai dar casa mobiliada para grupo específico; veja detalhes
Betto Júnior/Secom PMS

A Prefeitura de Salvador vai oferecer uma casa mobiliada para famílias com entes em situação de rua com uso abusivo de drogas. A novidade foi apresentada na manhã desta segunda-feira (8) e faz parte do projeto Vida Nova, pacote com 25 ações integradas de assistência social voltadas para a população em vulnerabilidade. Nesse momento, segundo a gestão, já são 20 unidades habitacionais com capacidade para atender até 100 pessoas. Até o fim do ano, serão 100.

As iniciativas do projeto foram desenhadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) com base no Censo das Pessoas em Situação de Rua, estudo inédito que contabilizou 5.130 pessoas vivendo nestas condições na capital baiana, e visam transformar a realidade desse público.

Os resultados do censo e as ações do Vida Nova foram apresentadas pelo prefeito Bruno Reis e pelo titular da Sempre, Júnior Magalhães, em evento na Casa Pia de São Joaquim, na Calçada. O estudo, realizado em parceria com a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e com o Projeto Axé, apontou ainda que 93% das pessoas em situação de rua são pretas e pardas, que 81% são adultas (18 a 59 anos) que 1.231 dormem nas ruas, que 38,2% fazem uso abusivo de álcool e/ou outras drogas, entre outros dados.

Entre as ações do Vida Nova ainda está a contratação de 11 Unidades de Acolhimento Residencial Transitório, num total de 385 vagas. Elas vão oferecer cuidado integral e acompanhamento psicossocial de pessoas em situação de rua que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas. Além disso, a Prefeitura vai manter as atuais 17 Unidades de Acolhimento Institucional (UAI), que oferecem 1,7 mil vagas voltadas para abrigar pessoas em situação de rua.

Também dentro do pacote de ações está o aumento do valor do Aluguel Social para R$ 400 por mês, e o lançamento do Kit Casa, que vai ofertar três salários mínimos para que as pessoas possam mobilizar as suas residências. Além disso, será oferecido um Auxílio Alimentação no valor de R$ 200 mensais e, para as mães em vulnerabilidade social, será entregue um Kit Enxoval, com itens básicos para o bem-estar dos bebês.

Além de acolhimento e atendimento psicossocial, o programa Vida Nova vai ajudar na inserção das pessoas no mercado de trabalho. Serão oferecidos cursos profissionalizantes aos assistidos por meio de parcerias com instituições como o Senac e o Senai Cimatec. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec) vai ajudar na intermediação de mão de obra para empregá-los e a Secretaria Municipal de Educação (Smed) vai garantir a matrícula na Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal para aqueles que ainda não têm ensino completo.

“No Censo, nós percebemos que a grande aspiração das pessoas em vulnerabilidade social, quando a gente perguntava o que elas queriam para a própria vida, mais de 60% gostariam de ter uma condição de renda. Então a gente tem que atender também a essa demanda e entende essa dinâmica. E também precisamos pensar esse atendimento de forma integrada, porque não adianta oferecer um curso profissionalizante se a gente não oferecer junto o dinheiro do transporte e, muitas vezes, até o fardamento a gente tem que ofertar também”, afirmou Júnior Magalhães.

 

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