A saída dos coletivos foi atrasada em duas garagens de Salvador, nesta quinta-feira (26). O motivo foi uma assembleia. Os veículos só começaram a circular às 8h. O reflexo disso foram pontos de ônibus lotados. A reportagem do Potal do Casé foi na Avenida ACM e encontrou muita gente esperando.
Apesar disso, a auxiliar de farmácia, Yasmin Saturnino, que saiu de São Caetano, não encontrou dificuldade de locomoção. "Olhei meu ônibus pelo aplicativo e ele passou no horário. Desci aqui na Acm e vou seguir para o trabalho".
As garagens afetadas pela paralisação são G3 OT Trans e a G2 Plataforma, que ficam nos bairros de Pirajá e Campinas. Elas abastecem as estações Mussurunga e Pirajá.
Além das estações, as áreas afetadas pela mobilização, segundo o Sindicato dos Rodoviários, são: Pirajá, Jardim das Margaridas, Sussuarana e uma parte de Cajazeiras e do Subúrbio. Em conversa com o Portal do Casé, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, disse que o protesto foi motivado pelo descumprimento de pontos previstos em acordo coletivo.
"Diversas pautas foram abordadas na assembleia. As empresa estão descumprindo a divulgação das escalas com oito dias de antecedência, as ‘panhas’ e levas não estão sendo corretas, os trabalhadores estão sendo deixados nas ruas de madrugada. O jovem aprendiz não está com trabalho supervisionado, os fardamentos não foram entregues e a empresa amarela está há algum tempo sem depositar FGTS".
Ainda segundo Hélio, outras assembleias devem ocorrer ao longo da semana. "Estamos avaliando e amanhã poderá ocorrer nova paralisação e se essas questões não forem resolvias isso pode desencadear uma greve geral em Salvador".
O Secretário municipal de Mobilidade, Fabrízzio Muller, informou que soube da deliberação do Sindicato dos Rodoviários no final da tarde desta quarta-feira (25) e tentou uma conversa, sem sucesso. Por esse motivo, deslocou durante a madrugada viaturas do órgão para montar um esquema que minimizasse os impactos da paralisação nos usuários do sistema de transporte.
“Nossas equipes estão nas ruas desde às 3h da madrugada. Como o sindicato não informa as garagens que vão atrasar a saída, precisamos descobrir, entender o que está acontecendo para a partir daí montar um esquema de operação. Deslocamos alguns coletivos para a região onde houve a assembleia e escutamos as demandas dos rodoviários. Entramos em contato com as empresas que negam o descumprimento dos acordos”.
Por conta desse impasse, uma reunião entre a categoria, o patronato e a Semob deve acontecer em breve, informou Muller. “Vamos agendar uma reunião e a Semob vai estar presente para entender ponto a ponto da demanda e cobrar que o que esteja errado seja solucionado o mais breve possível”.