Desde cedo quem precisou de transporte coletivo encontrou dificuldade na hora de ir trabalhar. Isso porque os rodoviários de Salvador atrasaram na manhã desta terça-feira (30), as saídas de ônibus em duas garagens da capital baiana para realizar assembleias nos pátios das empresa Plataforma G2 e OT Trans G1, localizadas no bairro de Pirajá.
O protesto prejudica moradores dos bairros de Cajazeiras, Estação Mussurugna, Boca da Mata, Pau da Lima, Sete de Abril, Nova Brasília, Jardim Nova Esperança, Jardim das Margaridas, Conjunto Pirajá, Marechal Rondon e Fazenda Grande do Retiro.
A categoria reivindica a reposição da inflação e ganho real de 4% sobre os salários, reajuste de 10% em cima do ticket-alimentação, hoje em R$ 25, e vale-transporte com integração ao metrô. Atualmente, o cartão que os trabalhadores usam para se deslocar para o trabalho só permite acesso aos ônibus.
Segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, o anúncio da paralisação parcial foi feito com antecedência para preparar os usuários do sistema e já deu resultado positivo para a classe.
"Nossa paralisação já deu resultado. Os empresários já abriram para negociação e chamaram a gente para uma reunião nesta quinta-feira (2)", comemorou.
Os rodoviários cobram ainda “correção” de supostos casos de assédio moral promovidos por uma das empresas que compõem o Consórcio Integra.
PLANO DE CONTIGÊNCIA
A Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) informou que montou um plano de contingência para mitigar os efeitos da manifestação dos rodoviários, realizada no início da manhã desta terça-feira (30). Veículos do Sistema Complementar (STEC) estão dando suporte à operação, atendendo os principais corredores.
Além disso, segundo a Semob, outros ônibus de garagens que não foram afetadas pelo ato dos rodoviários estão sendo remanejados para atender a demanda. A pasta, informou, ainda, que vem mantendo diálogos ao longo do dia com o Sindicato dos Rodoviários buscando a suspensão das manifestações que trazem tanto prejuízo à população, uma vez que as interrupções no serviço de transporte que vêm sendo realizadas pela categoria não apenas não resolvem o problema como prejudica os usuários que necessitam deste tipo de serviço.
