Salvador recebe neste domingo (14), a partir das 10h, um ato contra o feminicídio no Farol da Barra, como parte do movimento nacional Levante Mulheres Vivas, que mobiliza coletivos e organizações feministas em várias cidades do país. O protesto ocorre após uma série de manifestações no último domingo (7), que denunciaram o aumento da violência contra as mulheres no Brasil, com foco no crescimento dos feminicídios, mortes de mulheres motivadas pelo gênero.
Segundo dados do Ministério das Mulheres, 1.459 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2024. Nos últimos dias, episódios de violência extrema tiveram grande repercussão, como o caso em São Paulo, onde uma mulher teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada pelo ex-namorado, e em Rio de Janeiro, onde duas funcionárias do Cefet-RJ foram mortas a tiros por um homem que não aceitava ser chefiado por mulheres.
Em manifesto, o movimento critica as falhas na proteção às vítimas e o avanço de ataques contra mulheres nas redes sociais, que contribuem para a escalada da violência.
As organizadoras defendem que a misoginia seja reconhecida como crime específico, destacando que manifestações de ódio e violência simbólica contra mulheres sustentam todas as formas de agressão, inclusive o feminicídio.
“O enfrentamento à violência exige que o Estado trate a misoginia como uma questão jurídica, social e institucional prioritária”, afirmam.
Além de Salvador, cidades como Porto Alegre, Belém, Joinville, Cuiabá e Lençóis também participam das mobilizações.
