Universitários que moram em Santaluz, Nordeste da Bahia, não sabem como vão chegar às salas de aula que ficam em outras cidades. Isso porque a Prefeitura, que suspendeu o transporte desde outubro do ano passado, não teria garantido o retorno, pelo menos durante o mês de fevereiro. O ano letivo começa na próxima segunda-feira (3). O deslocamento mensal, cada seja custeado por cada aluno, fica R$ 390, em média.
Foi por meio de uma carta aberta e anônima divulgada nesta terça-feira (28) que os universitários resolveram expor a situação. "Não podemos permitir que a falta de transporte se torne um obstáculo para o futuro de tantos jovens que buscam conhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional", disseram.
"Atualmente, muitos estudantes estão expostos a enfrentarem dificuldades para chegar à instituição de ensino. A falta de um transporte pode gerar atrasos, absenteísmo e, em muitos casos, a desistência de cursos. É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que lidar com essa questão que poderia ser resolvida com um planejamento adequado e investimentos necessários", completaram, na carta.

Quem aceita falar, prefere não se identificar. Segundo um destes alunos, a manutenção da disponibilidade do transporte escolar saindo de Santaluz em direção a Conceição do Coité, que fica a 50 quilômetros de distância, foi uma promessa de reeleição do prefeito Arismário Júnior (Avante).
Outra estudante, ouvida pelo Portal do Casé, disse que buscou informações sobre o transporte na secretaria responsável pelo deslocamento. "Nos disseram que os trâmites burocráticos não estarão finalizados até o dia 3. Assim, não teremos transporte de início, por conta dessa burocracia que precisa ser finalizada. A previsão dada é que, até o final de fevereiro, tudo esteja alinhado para os serviços voltarem", pontuou.
Até a publicação desta reportagem, a Prefeitura de Santaluz não tinha se manifestado sobre o caso.