A primeira testemunha da suposta agressão cometida por André Batista, vereador de Queimadas, contra a ex-amante Shirley Leite prestou depoimento na Delegacia Territorial de Santaluz, segundo apuração do Portal do Casé confirmada nesta sexta-feira (1). A pessoa ouvida pelo delegado é uma mulher, amiga da vítima.
O teor da declaração não foi divulgado na íntegra, mas a testemunha - que terá o nome preservado - teria afirmado que André "jogou Shirley no calçamento" ao retirar a mulher de dentro do próprio carro. "Ele me disse: 'se você não tirar ela, vou usar minhas forças'. Eu disse: 'não venha com ousadia não'. Ela bateu a porta do carro [duas vezes] e André foi em cima dela. Ela se arrebentou todinha", contou.
Essa mesma testemunha teria afirmado, por meio de um áudio, que Shirley estava irreconhecível no dia da confusão - na madrugada do sábado (25).
"Não tenho nada a ver com Shirley. A única vez que saí com ela foi no dia do vinho. Nunca saí com Shirley e não quero ser testemunha de ninguém. [...] Não quero que me coloque em problema, porque falei para ela: 'não vou ser testemunha e já tenho processo contra [nome], e acabou'. Falei para não citar meu nome. Ela não me chamou lá para presenciar essas coisas. Ainda disse assim: 'estou assustada que não estou conhecendo Shirley. Ela até me mandou calar a boca. Se for precisar de testemunha não cite meu nome", relatou.
Procurada pela reportagem do Portal do Casé, Shirley Leite confirmou que mandou a amiga "calar a boca" no momento em que discutia com André porque "queria chamar a Polícia Militar". "Ela queria que eu deixasse ele ir embora", resumiu.
A reportagem também procurou o vereador André Batista, conhecido como André de Maurinho, para comentar o depoimento da testemunha na delegacia. Ele informou que está reunindo provas e testemunhas que também serão encaminhadas à delegacia de Santaluz.
CASO
Na segunda-feira (27), reportagem do Portal do Casé mostrou a situação. Tanto o vereador quanto a ex-amante confirmam que houve um encontro, na madrugada. Para isso acontecer, o homem disse ter sido ameaçado. Ela, por sua vez, relata que foi o parlamentar quem insistiu.
O que aconteceu dentro do automóvel também é ponto de discordância entre Shirley e André. Ela frisou que o vereador estava no automóvel, bêbado e somente de cueca. Por outro lado, Oliveira fala ao contrário: de que a então amante o recebeu já sem roupa.
"Tudo que aconteceu [agressão] foi montado. Ela [Shirley] não queria aceitar o término. Ela me propôs eu ir [para a casa dela, no sábado]. Ela queria afetar meus filhos. Se eu não fosse lá, ameaçou ir na porta da escola do meu filho. Me forçou a ir à casa dela na sexta. Quando parei na casa dela, entrou no banco do meu carro, nua. Eu disse que não iria manter relações com ela e pedi para sair do carro. Shirley me agrediu e me empurrou. Tirei ela do meu veículo e segui para Queimadas", relatou o vereador.
Foi no momento da confusão, ainda dentro do veículo, que a mulher teria sido agredida.