O delírio coletivo sobre bebê reborn chegou à Câmara de Salvador. É que a vereadora Débora Santana, que é enfermeira, apresentou um Projeto de Lei que proíbe o atendimento dos bonecos realistas e de qualquer outro objeto inanimado nos serviços públicos. O texto foi protocolado na segunda-feira (20).

De acordo com a ideia, caberá aos funcionários de hospitais públicos, clínicas, postos de saúde a responsabilidade de identificar, no ato do atendimento, se o bebê reborn foi levado para o local. Caso confirmado, o responsável deverá pagar uma multa, no valor de 10 vezes o serviço prestado.
O dinheiro arrecadado, ainda segundo o Projeto de Lei, deve ser revertido para tratamento de pessoas com transtorno mental.
A vereadora justifica que a prática de levar o bebê para atendimento médico "coloca em risco a vida de pessoas que realmente necessitam de atendimento emergencial e representa um sério desperdício dos impostos em razão de um pseudo aparato lúdico".
Em Salvador, ainda não há caso registrado de bebês reborn levados para postos e hospitais. Na semana passada, em Guanambi, Sudoeste baiano, testemunhas contam que uma mulher teria chegado à uma Unidade de Pronto Atendimento com o boneco realista. Ela teria sido convencida a voltar para casa.