Nesta sexta-feira (27), o dólar voltou a operar em alta e encerrou o pregão cotado a R$ 6,192 na venda, com avanço de 0,24% em relação ao real. Durante o dia, a moeda americana chegou a ultrapassar os R$ 6,21, marcando um novo pico. Na semana, a valorização acumulada foi de 1,99%, enquanto, no mês, o salto já soma 3,18%.
O movimento reflete a reação dos investidores a dados econômicos divulgados pela manhã, incluindo indicadores de inflação e emprego nos Estados Unidos, que reforçam a percepção de um cenário global desafiador para as economias emergentes.
Paralelamente, no Brasil, o cenário político adicionou tensão aos mercados. O embate entre o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a Câmara dos Deputados sobre o bloqueio de emendas parlamentares gerou apreensão em Brasília, aumentando a volatilidade nos ativos locais.
No mercado de ações, o Ibovespa – principal índice da Bolsa de Valores brasileira – recuou 0,6%, encerrando o dia aos 120,3 mil pontos. A queda foi impulsionada pela elevação nas taxas de juros de longo prazo, fator que desestimula investimentos em renda variável.
Impactos
A alta do dólar pressiona os custos de importação, o que pode impactar a inflação interna e as estratégias econômicas do governo. Já a queda do Ibovespa reflete a cautela dos investidores diante do cenário político e das incertezas globais.
Com a aproximação do fim do ano, analistas projetam que o mercado seguirá sensível a eventos políticos e indicadores econômicos globais. Enquanto isso, o investidor brasileiro mantém o foco na evolução das reformas fiscais e nas perspectivas para a política monetária em 2024.
