O Senado aprovou, na quinta-feira (7), isenção de Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos - cerca de R$ 3,06 mil. A novidade começa a valer já a partir deste ano-calendário 2025. Agora, cabe ao presidente Lula sancionar o PL.
O líder do governo no Senado, o baiano Jaques Wagner (PT), rejeitou uma emenda que pedia a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 7,3 mil. O petista usou o argumento de que a modificação no texto inviabilizaria a Medida Provisória, já que poderia voltar à Câmara dos Deputados.
Um Projeto de Lei, do deputado Arthur Lira (PP-AL), já tramita na Casa para aumentar a faixa de isenção do IR.
De acordo com a Agência Senado, o PL 1.087/2025, da Câmara, é de autoria do próprio governo e isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês a partir de 2026. O relatório eleva de R$ 7 mil para R$ 7.350 a renda máxima que terá redução parcial do IR.
Jaques convenceu os demais senadores, afirmando que existe a previsão de esse texto ser votado pela Câmara na próxima semana.
"Se eu aceitasse agora [as emendas ao PL 2.692/2025], inviabilizaria a aprovação do texto antes do fim do prazo da MP e, com isso, as pessoas deixariam de ser beneficiadas com a medida. O que os senhores querem, eu também quero e o governo também quer. Essa tabela [de reforma do IR] é uma primeira parte [do pacote] e creio que semana que vem a Câmara deve votar esse projeto", pontuou Wagner.
Wagner também ressaltou que, para aumentar a faixa de isenção do IRPF para quem recebe valores acima de R$ 5 mil, é preciso haver uma compensação financeira, para que a medida não esbarre na Lei de Responsabilidade Fiscal.
