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Tupperware deve pedir falência nesta semana, após 82 anos de atividade

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Da redação

A notícia derrubou as ações da companhia em mais de 50% na última segunda-feira (16)

Tupperware deve pedir falência nesta semana, após 82 anos de atividade
Reprodução/Getty

Presente em milhões de lares no mundo todo e amada por muitas donas de casa, a Tupperware, produtora de recipientes plásticos reutilizáveis, está próxima de decretar a sua falência.

Fundada em 1942, a empresa já havia declarado no ano passado que poderia falir.  Em abril de 2023, a companhia anunciou a contratação de consultores financeiros para lidar com uma grave crise de caixa após a queda na demanda por seus produtos.  

Agora, fontes ouvidas pela Bloomberg apontam que a Tupperware pode decretar a sua falência ainda nesta semana, após anos tentando solucionar os seus problemas financeiros. Ainda segundo as fontes anônimas, a companhia deve entrar em proteção judicial após violar os termos de suas dívidas com credores. 

As ações da Tupperware caíram mais de 50% com o risco de falência. Segundo a Bloomberg, a intenção de decretar falência ainda pode mudar e a companhia não comentou as declarações. 

Em junho, a companhia cogitou fechar a sua única fábrica nos Estados Unidos. No ano passado, o CEO Miguel Fernandez e diversos membros do conselho foram substituídos durante o processo de reestruturação. Laurie Ann Goldman foi anunciada como a nova CEO. 

Na segunda-feira (16), após a agência de notícias publicar a informação, as ações da companhia caíram mais de 50% na Bolsa de Nova York (NYSE). Hoje, a negociação dos papéis está suspensa. 

Tupperware x Credores

Os problemas da companhia não são novidade. A Tupperware vem tentando controlar e renegociar os seus mais de US$ 700 milhões (R$ 3,8 bilhões em dívidas e até chegou a conseguir um acordo no início desde ano para débitos vencidos, mas não cumpriu os termos estabelecidos e voltou a encarar a pressão dos credores. 

Apesar de ter visto um pico de vendas durante a pandemia — quando o isolamento social obrigou muitas pessoas a começarem a cozinha em casa —, o movimento não se sustentou. Com dificuldade para atrair um público mais jovem e superar a concorrência de produtos mais baratos, a companhia começou a patinar. 

Além disso, o método de utilizar consultoras e catálogos para a venda deixou de fazer sentido no contexto atual. Ainda assim, a empresa contava com 300 mil vendedores independentes no fim de 2022. 

 

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