O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua posição contrária à interferência do governo dos Estados Unidos no judiciário brasileiro, afirmando que não teme as ameaças feitas por Donald Trump. Em uma declaração recente, Lula classificou a postura de Trump como "um negócio inacreditável", especialmente após o governo americano impor um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras e sancionar autoridades brasileiras.
Durante o velório do jornalista Mino Carta em São Paulo, Lula foi questionado sobre as medidas adotadas por Trump, que justificou as ações como uma reação à "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Olha, eu acho que não tem porque ficar temendo a acusação americana. O que está acontecendo com os Estados Unidos é que ele exacerbou, sabe, qualquer coisa que a gente tinha conhecimento na história da humanidade de um governo se meter a julgar o comportamento da justiça de outro país. É um negócio inacreditável", declarou Lula.
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O presidente enfatizou que o governo brasileiro não aceitará ser tutelado por ninguém e adotará medidas baseadas na Lei da Reciprocidade Econômica para revidar o aumento unilateral das tarifas.
"Eu não tenho nenhum interesse de brigar com os Estados Unidos da América do Norte, nenhum interesse. Eu tenho interesse de fazer com que essa amizade de 201 anos possa conviver democraticamente mais 201 anos", prosseguiu.
O julgamento de Bolsonaro e outros oito réus por tentativa de golpe de Estado começou na segunda-feira (2) e parece ter intensificado a tensão entre Brasil e EUA.