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Audiência Pública discute recompra de refinaria pela Petrobras

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Da redação

Debate aconteceu no auditório Jorge Calmon

Audiência Pública discute recompra de refinaria pela Petrobras
Divulgação

Em atendimento ao clamor da população baiana pela retomada imediata das operações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN) e da recompra da Refinaria Landulfo Alves (RLAN), a Assembleia Legislativa da Bahia realizou, na segunda-feira (2), uma audiência pública sobre o tema. 

O debate, proposto pelo deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), aconteceu no auditório Jorge Calmon e reuniu trabalhadores da indústria química e petroquímica, além de empresários, lideranças sindicais e representações do segmento, além de parlamentares. 

Na pauta, a importância da Petrobras assumir de volta o controle desses dois importantes ativos, preservando os empregos e ajudando o Estado a arrecadar mais e a gerar mais riquezas para o povo baiano. 

“O que precisa é a agilidade do nosso governo e da Petrobras de encontrar um caminho para que a gente possa retomar o funcionamento da Fafen, efetivar a recompra da Refinaria, resolvendo os problemas não só dos trabalhadores, mas também da política de petróleo e de refino no Brasil”, reconhece o parlamentar, ex petroleiro, que iniciou sua carreira política como líder sindical e chegou a ser dirigente da estatal. 

Na oportunidade, o parlamentar Eduardo Salles, que representa no Parlamento o segmento do agronegócio, ressaltou a importância da discussão e debate para garantir ganho de competitividade para o setor, que precisa importar fertilizantes nitrogenados. 

“Essas unidades são essenciais para a agricultura no país e para a segurança alimentar global. Precisamos retomar essa produção de fertilizantes nitrogenados, isso é estratégico, além de garantir uma política pública de preço do gás, matéria prima base para a produção de ureia.  A pauta reincidirá até que tenhamos uma solução definitiva”, declara Salles. 

Consequências 

Conforme o previsto pelas entidades e estudos de institutos de pesquisa como o Inep, PUC e UFRJ, o processo de privatização da RLAN, em 2020, trouxe consequências para além dos trabalhadores, mas para a sociedade baiana. 

“É importante a gente lembrar que tudo que foi dito, quando fizemos a maior greve da história da categoria petroleira, se concretizou. A privatização resultou em preços mais altos e no desabastecimento de alguns combustíveis. Pagamos o segundo preço dos combustíveis mais alto do país; o gás de cozinha está a um valor exorbitante e a indústria química e petroquímica também sofre pagando derivados do petróleo mais caros do que os praticados pela Petrobras”, lamenta o presidente da Federação Única dos Petroleiros – FUP, Deyvid Bacelar. 

“Urge fazermos essa pressão junto ao governo federal, ao nosso presidente Lula, que se comprometeu em fazer reestatizações de ativos estratégicos para a Petrobras e para o Brasil e, sem dúvida alguma, a Refinaria Landulfo Alves é um ativo estratégico para a Petrobras, para a Bahia e para o Brasil”, conclui. 

A diretora do Sindipetro, Elisabete Sacramento, também lembrou da luta para que a Refinaria não fosse entregue ao capital privado. 

“Precisamos que os representantes dessa Casa potencializem as lutas pela não entrega das estatais, defendendo a soberania nacional”, frisa. 

“Reconhecemos que essa luta vai além dos petroleiros, é um compromisso com a soberania nacional, a justiça social e o futuro de um Brasil que prioriza seu povo, acima dos interesses privados”, completou o deputado estadual Radiovaldo Costa. 

A audiência também discutiu o impacto de demissões e transferências na queda de arrecadação do Estado; a importância de manter as empresas dentro de uma transição energética; benefícios produtivo, ambiental e social. 

O deputado estadual e proponente da audiência, Rosemberg Pinto, acolheu as sugestões e fará os encaminhamentos necessários, junto ao governo federal e à presidenta da Petrobras, para agilizar o processo da recompra da Refinaria Landulfo Alves e garantir a retomada da produção de fertilizantes na Bahia e em Sergipe.

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