O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou à coluna sua participação na posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, agendada para o dia 10 de dezembro.
"Ele me convidou. Já conversei com a Michelle [Bolsonaro, sua mulher], e ela vai comigo", afirmou Bolsonaro. "Se o Lula fosse [à cerimônia], ficaria difícil. Mas como o Lula não vai, não deve ir, as coisas ficam mais leves", completou.
Durante a campanha, Milei declarou em entrevista que não se encontraria com o presidente Lula (PT) caso fosse eleito, rotulando-o como "um comunista". Ao ser questionado pelo jornalista sobre ser também "um grande corrupto", o então candidato concordou e acrescentou: "Por isso esteve preso".
O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, destacou que Lula, que reconheceu imediatamente a vitória de Milei no domingo (19), só deveria dialogar com o novo mandatário após um pedido de desculpas.
Os bolsonaristas sempre mantiveram proximidade com o novo presidente argentino, que foi eleito no domingo (19) com 55,69% dos votos, superando o peronista Sergio Massa, que obteve 44,30%.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, esteve em Buenos Aires às vésperas das eleições, participando de eventos de campanha.
Bolsonaro discutiu o convite de Milei durante uma ligação de vídeo realizada na manhã desta segunda-feira (20).