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Bolsonaro diz que tentou abrir tornozeleira por 'paranoia' causada por remédios

Data:
Antonio Dilson Neto

Durante a audiência de custódia, ex-presidente afirmou ter tido alucinação e confundido tornozeleira com suposta escuta.

Bolsonaro diz que tentou abrir tornozeleira por 'paranoia' causada por remédios
Reprodução/Wilton Júnior

Ao participar da audiência de custódia neste domingo, 23, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que tentou abrir a tornozeleira eletrônica na sexta, 21, porque teve uma “certa paranoia” provocada pela combinação de medicamentos. Segundo ele, a sensação só passou por volta da meia-noite, quando “caiu na razão”.

A juíza auxiliar do Supremo Tribunal Federal validou e manteve a prisão preventiva após ouvir o ex-presidente.

De acordo com a ata, Bolsonaro disse que a paranoia teria sido provocada pela interação inadequada entre dois remédios receitados por médicos diferentes, Pregabalina e Sertralina. Ele relatou que tem “sono picado”, não dorme direito e resolveu mexer no equipamento usando um ferro de solda, alegando ter curso para operar esse tipo de ferramenta.

O documento registra que Bolsonaro afirmou ter retomado a lucidez pouco depois da meia-noite, momento em que interrompeu o uso da solda e comunicou os agentes de custódia. Ele disse ainda que estava acompanhado da filha, do irmão mais velho e de um assessor, mas que nenhum deles viu a movimentação.

A ata informa que o ex-presidente acreditava que havia uma “escuta” dentro da tornozeleira e tentou abrir a tampa por causa de uma “alucinação”. Bolsonaro declarou não se lembrar de ter tido outro surto semelhante e ressaltou que começou a tomar um dos medicamentos cerca de quatro dias antes da prisão.

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