Candidato a prefeito de Salvador pelo PSTU, Victor Marinho defendeu a legalização das drogas durante sabatina com o jornalista Casemiro Neto. Ele foi o entrevistado desta segunda-feira (2) no programa Bom Dia Bahia, da TV Aratu.
O postulante ao Palácio Thomé de Sousa entende que a legalização das drogas tiraria o poder dos traficantes que dominam, segundo ele, um mercado lucrativo. "A violência é fruto das desigualdades sociais. É uma sociedade que oprime a maioria do nosso povo [...] A gente tem um domínio do tráfico, esses capitalistas do crime. Eles precisam ser combatidos. É preciso minar o poder material dessa burguesia criminosa, que vem da venda das drogas. A gente defende a legalização das drogas para combater esses grandes traficantes. É tirar do controle deles esse mercado lucrativo".
O candidato do PSTU ainda comentou que, caso seja eleito, pretende manter a Guarda Civil municipal em uma função de resguardo patrimonial.
"A gente defende a desmilitarização das polícias. Em relação à Guarda Municipal, a gente acha que é fundamental que seja controlada pelos trabalhadores. A GCM não pode ser instrumento de repressão. Infelizmente, hoje, é usada dessa forma. A guarda tem que ter função de patrimonial. Não achamos que militarizar a guarda vai diminuir a violência. Fora isso, depende que a gente diminua os índices de desigualdade social", contou.
Sobre o transporte público, Victor Marinho sustentou que a privatização do sistema rodoviário é um erro. Caso eleito, ele quer uma Prefeitura controladora do transporte por ônibus. "A gente vem colocando que precisamos tirar o transporte da máfia dos grandes empresários, que domina o sistema. Eles só visam o lucro. Por isso, temos a tarifa mais cara do país. Eles cortam as linhas de ônibus que não são lucrativas. Por isso, eles fazem o sistema operar no limite, com número mínimo de frota e ônibus antigos. A climatização, tão prometida, não atinge todos os ônibus", comentou.
"Precisamos tirar o transporte desses empresários e colocar na mão dos trabalhadores. Precisamos reestatizar o transporte, criar uma empresa pública municipal de transporte urbano. Essa empresa deve ser controlada pelos trabalhadores, tanto pelos rodoviários quanto pelos usuários. A população, através de assembleias, vai definir as linhas que não podem ser cortadas. Vai definir a frota e os horários", completou.
Em todas as entrevistas com candidatos, Casemiro Neto faz uma dinâmica, onde pede para o sabatinado resumir seus adversários. Veja, abaixo, como Victor define os seus:
Eslane Paixão: "grande lutadora de nossa cidade. Não tenho grandes divergências com ela";
Kleber Rosa: "importante lutador, embora eu tenha sérias divergências com os rumos que seu partido tomou, no sentido de se adaptar aos partidos de conciliação de classe do PT";
Giovani Damico: "lutador e companheiro das causas sociais";
Silvano Alves: "não o conheço, então não posso me comprometer";
Bruno Reis: "é o responsável pelos principais problemas da nossa cidade. O grupo dele já governa há 12 anos. As tragédias que nosso povo vive são de responsabilidade da gestão dele, que vende a cidade para atender os interesses dos seus amigos, grandes empresários";
Geraldo Júnior: "ele é representante das velhas oligarquias de direita e carlistas que dominaram a política no nosso município. Ele é do grupo de Bruno Reis, votou em Bolsonaro e rompeu de forma oportunista. Acho que ele nada tem a ver com a esquerda. É um mal que o PT leva os trabalhadores aqui da nossa cidade a votar nele. Trabalhador tem que votar em trabalhador".
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