O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu nesta quarta feira (17) o ministro do Turismo, Celso Sabino, nove dias após ele ter sido expulso do União Brasil. Mesmo já sem respaldo partidário, Sabino chegou a participar da última reunião ministerial do ano, realizada na Granja do Torto.
A expulsão ocorreu no último dia 8, depois que o ministro desobedeceu à determinação da cúpula do União Brasil para deixar o cargo, após o partido decidir romper oficialmente com o governo Lula.
Apesar do afastamento formal da legenda em relação ao Palácio do Planalto, cerca de 25 dos 59 deputados do União Brasil ainda votam alinhados ao governo. Segundo relatos feitos sob reserva por ministros, Sabino perdeu sustentação política, e a ala da bancada que segue apoiando o Planalto passou a defender a troca no comando do Turismo.
O nome indicado para substituir Sabino é o do ex-secretário de Turismo da Paraíba, Gustavo Damião, filho do deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB).
Sabino enfrentava um processo no Conselho de Ética do partido desde que afirmou não poder cumprir o “ultimato” para deixar o governo às vésperas da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30), realizada em novembro, no Pará.
No fim de setembro, o então ministro chegou a entregar uma carta de demissão ao presidente Lula, mas recuou após uma conversa com o chefe do Executivo.
Ao deixar o cargo, Sabino afirmou que se sentia injustiçado. “Saio com o sentimento de que fui injustiçado, mas saio com a cabeça erguida”, disse. “Sigo ao lado do melhor presidente que o Brasil já teve, que é o presidente Lula.”
