Recentes críticas ao sistema ferry-boat feitas pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), tem também como plano de fundo a composição política da chapa governista de 2026. É o que avalia o jornalista Casemiro Neto, em comentário publicado nesta sexta-feira (14).
O chefe do Executivo estadual coloca holofotes negativos sobre a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agerba), presidida pelo irmão do senador Angelo Coronel, Carlos Henrique de Azevedo Martins.
"Nem tudo se resume ao jogo operacional da Internacional [Travessias, empresa que administra o sistema] e da Agerba. As peças desse xadrez, na leitura política, se movem também na formação da chapa governista para as próximas eleições. A Agerba é comandada pelo irmão do senador Angelo Coronel, do PSD, cujo nome, até agora está descartado na chapa", informou o jornalista.
"A ideia defendida principalmente pelo senador Jaques Wagner, do PT, é uma chapa puro-sangue, e bem vermelha. Na cabeça, Jerônimo tentaria a reeleição. As vagas para o senado ficariam para Wagner, tentando também a reeleição, e para o ministro Rui Costa", completou Casemiro Neto.
Na avaliação do jornalista, a disputa política tende a melhorar o serviço, já tão calejado de reclamações. "Todo esse imbróglio político deve servir para melhorar a situação do ferry, que é um vexame para todos nós. É uma vergonha total. Já falei várias vezes e todo mundo sabe disso. No desabafo, Jerônimo disse que perdeu a paciência e pediu, inclusive, intervenção para fazer nova licitação do serviço", ponderou.
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