O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu na segunda-feira (8) que o príncipe da Arábia Saudita solicite de volta as joias presenteadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro(PL). Em entrevista à CNN, ele afirmou que "não há qualquer possibilidade de existir justiça" em meio a uma investigação que teria "clara intenção de perseguir" o ex-mandatário.
Na semana passada, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente e outras 11 pessoas no inquérito que apura o desvio de joias do acervo presidencial. Caberá agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se oferece denúncia ou pede o arquivamento do caso. Na segunda, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do relatório.
De acordo com a investigação, houve desvio de itens cujo valor de mercado chega a R$ 6,8 milhões.
Entre as peças estariam presentes da família real saudita. Eduardo Bolsonaro disse que os itens devem ser 'pedidos de volta'. "Por favor, Mohammad bin Salman, peça de volta esses presentes", disse o parlamentar. O filho do ex-presidente alegou que o pai devolveu "todo e qualquer presente recebido", e demonstraria como Bolsonaro "é uma pessoa desapegada, simples e que está muito bem com o seu 'G-shock (modelo de relógio masculino popular)".
Na legenda do trecho compartilhado no X (antigo Twitter), o deputado federal repete a súplica em inglês e afirma que Bolsonaro "foi o único ex-presidente do Brasil que devolveu todos os presentes que recebeu", mesmo aqueles que a comissão oficial pública encarregada determinou como personalíssimos.
“Até porque o país Brasil não tem braço para usar relógio, nem ponteiros para carregar o fuzil Caracal dos Emirados Árabes, embora Lula ainda tenha consigo o fuzil AK-47 de fabricação norte-coreana usado na guerra civil de El Salvador ”, acrescentou ele.