O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, deve receber nos próximos dias o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, para tratar das eleições no país.
O pedido de reunião foi feito pela embaixada do país comandado por Nicolás Maduro na última quarta-feira (27), um dia depois de o Itamaraty soltar uma nota criticando o fato de Corina Yoris, candidata da oposição, não conseguir registrar candidatura.
Esta foi a primeira crítica pública e aberta de Lula ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
No dia seguinte foi a vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falar sobre o assunto. Ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, o petista classificou a situação como “grave”.
Maduro respondeu com rispidez, também por meio de uma nota da chancelaria. Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil disse que o comunicado parecia "ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos EUA, onde são emitidos comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela".
No Itamaraty, a avaliação é a de que apesar do tom duro dos comunicados ainda há espaço para diálogo. Em Caracas, a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira tem mantido canais abertos com autoridades chavistas.
Agora, a expectativa é que o mesmo aconteceça em Brasília com Vadell e Amorim, o principal emissário de Lula para a crise venezuelana. A reunião ainda não tem data marcada.