O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse que "está animado" com operações realizadas pelas Secretarias da Segurança Pública e da Administração Penitenciária para tentar frear o crime no estado. O chefe do Executivo estadual ainda assegurou que não vai "abrir mão" da sua responsabilidade em relação ao aumento da sensação de segurança, tema que veio ainda mais à tona há cerca de 15 dias.
"Um fato, quando é noticiado com muito sentimento, fico sentido. Fica parecendo que a gente não faz nada. Ontem você viu, a [Operação] Hórus. São 120 homens chegando a Salvador e vamos ficar até quando for preciso. A operação que a Secretaria da Administração Penitenciária está fazendo em Feira de Santana foi notícia nacional, ontem, com apreensão de armas e drogas. Não vamos abaixar a guarda. Estou muito animado com isso", relatou.
Jerônimo foi entrevistado nesta quarta-feira (23) na Rádio Metrópole. Ele aproveitou para, mais uma vez, reclamar da oposição do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto. Ex-candidato a governador, o político tem criticado a gestão de Jerônimo, principalmente no quesito segurança.
"Não vou abrir mão do meu lugar. Às vezes recortam fala. Falo da minha responsabilidade, da obrigação da polícia. Aí digo do Governo Federal ter responsabilidade. É minha responsabilidade e não vou fugir. O ex-prefeito deve estar sem ter o que fazer. Acho que é secretário de algum partido. Ontem, ele disse que o Partido dos Trabalhadores tem relação com o crime organizado. Vai ter que provar isso na Justiça [...] Se tiver algo de crime, entre na Justiça e averigue", destacou o governador da Bahia.
"Tem dinheiro. Não precisa trabalhar. Não sei o que ele está fazendo. Ele não consegue ver nada de bom na Bahia: quantidade de empregos gerados, cultura [...] Não é possível que a oposição não veja a Bahia grandiosa que nós temos", completou o petista, sem citar diretamente o nome de ACM Neto.
Rodrigues também aproveitou a entrevista para rebater uma fala do prefeito de Salvador, Bruno Reis. O chefe do Executivo Municipal chegou a sugerir, segundo Jerônimo, que o número de agentes de segurança estaria defasado na Bahia.
"Não estou dizendo que ele é mentiroso, o prefeito de Salvador. Ontem, ele faltou com a verdade. A assessoria informou ele mal, quando disse que a Bahia reduziu a quantidade de profissionais da segurança. Não é verdade. No ano passado e esse, há uma média de dois mil policiais [...]", assegurou.
