O prefeito de Barra, Romeu Júnior (PT), usou as redes sociais para denunciar uma agressão que teria sido praticada por policiais militares contra seu filho. Segundo o gestor municipal, a vítima chegou ao hospital com sangramento no ouvido.
"Repudio essa ação. A Polícia Militar não prega isso. Prega a manutenção da ordem e paz pública. É agir preventivamente, e não espancar um cidadão em praça pública. Minha preocupação enquanto gestor é com os demais pais, para que não sintam a dor que estou sentindo, e que não passem a humilhação pela qual meu filho passou. Os policiais agiram covardemente contra meu filho", destacou o prefeito.
Romeu, que, inclusive, é policial militar da reserva remunerada, não detalhou as circunstâncias da situação. Informou, porém, que o crime só parou quando os agentes foram informados de que a vítima seria seu filho.
"Eles não fizeram o papel de proteger a sociedade. Meu filho chegou no hospital sangrando pelo ouvido e sem poder andar. Ele só parou de apanhar quando a namorada dele tomou a frente desses policiais e disse de quem era filho. Mas não quero isso. Apelo para as autoridades: tomem as medidas cabíveis. Punam essas pessoas, que promovem injustiça, terror e medo na sociedade", acrescentou.
No momento em que as agressões aconteceram, ocorria uma festa, o Arraiá do Assunção. "Se fizeram isso em uma praça, imagine o que podem fazer em uma esquina. Apelo ao comandante-geral, ao major da 28ª [Companhia] e ao meu governador Jerônimo. A polícia é muito grande quando faz seu papel", finalizou.
O Portal do Casé solicitou posicionamento à Polícia Militar da Bahia sobre o ocorrido. A corporação confirmou que uma guarnição da 28ª CIPM realizava policiamento no evento quando foi acionada para intervir em uma briga entre dois homens, nas proximidades do Campo do Ginásio. Os policiais, segundo a nota, realizaram a intervenção. Após a contenção do tumulto, foi relatado que que o conflito teve origem em uma rixa antiga entre dois indivíduos.
A PM alega que tomou conhecimento da denúncia “de conduta inadequada por parte de seus integrantes durante a ocorrência e manteve contato com os familiares, iniciando a apuração dos fatos, adotando as providências cabíveis para esclarecer a ocorrência”.