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'Foi uma conversa extraordinariamente boa', diz Lula sobre telefonema com Donald Trump

Data:
Antonio Dilson Neto

Segundo Lula, os dois líderes concordaram em prosseguir as negociações sobre temas comerciais e políticos por meio de suas equipes.

'Foi uma conversa extraordinariamente boa', diz Lula sobre telefonema com Donald Trump
Ricardo Stuckert/PR

Durante entrevista à TV Mirante, no Maranhão, nesta segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou ter recebido pela manhã um telefonema do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Lula, a conversa durou cerca de 30 minutos e ocorreu em tom amistoso, marcando o início de uma nova fase nas relações entre os dois países.

Foi uma conversa extraordinariamente boa”, afirmou Lula. “Às vezes, você pensa que as coisas não vão fluir, e acaba sendo uma conversa muito amigável, de dois presidentes de dois países importantes, das duas maiores democracias do Ocidente.”

O presidente destacou que Brasil e Estados Unidos mantêm relações diplomáticas há mais de 200 anos e defendeu o diálogo como ferramenta essencial para ampliar a cooperação bilateral. “Era preciso que a gente conversasse, colocasse os problemas na mesa. Depois dessa conversa, em que as coisas ficaram mais claras, eu disse o que pensava, ele disse o que pensava, e ficamos de marcar um encontro presencial”, afirmou.

Segundo Lula, os dois líderes concordaram em prosseguir as negociações sobre temas comerciais e políticos por meio de suas equipes. Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para conduzir as tratativas com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad.

Lula reiterou o pedido de retirada da sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros e das restrições aplicadas a autoridades nacionais. “Não há sentido na taxação que foi feita ao Brasil”, disse.

Durante a entrevista, o presidente defendeu que Brasil e Estados Unidos devem servir de exemplo de diálogo e cooperação internacional em um cenário global de tensões e desconfianças. “O mundo está de olho. Acho que ele entendeu. Fiquei surpreso com a cordialidade dele. Quase 600 milhões de habitantes esperam de nós responsabilidade e cuidado com os interesses dos povos que representamos”, afirmou.

Ao fim da ligação, Lula e Trump trocaram números pessoais de telefone, com o compromisso de manter contato direto. “Ele me deu o telefone dele, eu dei o meu. Quando tiver um assunto político grave, a gente liga um para o outro, sem precisar de intermediários. É assim que as coisas boas vão acontecer”, concluiu.

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