O homem que se infiltrou em um protesto pró-Bolsonaro para dizer que o ex-presidente cometeu crimes na pandemia da Covid-19 saiu de dois mil para quase 100 mil seguidores, no Instagram. Foi na noite de sábado (22) que Ismael Lopes se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais.
Evangélico e integrante da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Ismael pegou o microfone das mãos de Flávio Bolsonaro e começou seu discurso com todo o indicativo de que faria uma menção positiva ao ex-presidente, que àquela altura estava preso, na Polícia Federal.
“Nós temos orado por justiça neste país. Temos orado para que aqueles que abrem covas caiam nelas. Não mortos, porque não é isso que desejamos. Desejamos que sejam julgados e condenados pelo mal que fizeram", começou Ismael.
"Como seu pai, que abriu 700 mil covas durante a pandemia, seja julgado pelo devido processo legal, tenha seu direito de defesa, mas que seja condenado e responda pelos crimes que cometeu, assim como todos os aliados que colocaram essa horda de mal contra o nosso Estado", emendou.
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Logo em seguida, o evangélico foi agredido por apoiadores de Jair Bolsonaro e acabou expulso do local.
Por meio de nota, a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito disse que a atitude de Ismael "teve caráter individual e pessoal". "Também fomos surpreendidos por sua manifestação de denúncia e registramos que estamos à disposição do irmão Ismael, oferecendo o apoio necessário diante das agressões físicas que ele sofreu", pontuou.
Segundo a nota, o homem sofreu chutes, socos e empurrões após fazer uso da palavra.
