A APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia reagiu à uma portaria do Governo do Estado que dispõe sobre a sistemática de avaliação de estudantes do ensino médio. De acordo com a entidade, com a medida, foi promovida a aprovação automática retroativa a 2023, inclusive para alunos não frequentes.
"A portaria invalida todo o processo pedagógico, além de não respeitar o trabalho do professorado, com relação às avaliações quantitativas e qualitativas, além dos procedimentos do conselho de classe por unidade, que foram debatidos, aluno por aluno, a recuperação final, ao término do ano letivo e, enfim, o conselho de classe final", disse a entidade, em nota.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) defendeu a medida. "Eu fico triste como governador e professor quando vejo professoras e professores reprovando alunos. Não pode ser um professor, um educador, que tenha que dizer no final do ano: 'você tá reprovado'. Quando se reprova, é a escola que tá reprovada. É a escola que não tem condições de dizer: 'quero curar você da escuridão'", disse, durante a abertura do ano letivo 2024. O evento aconteceu em Feira de Santana, na segunda-feira (19).
"A escola que reprova é autoritária, preconceituosa. Não cabe, na Bahia de Anísio Teixeira, de Ruy Barbosa, não cabe ser autoritária. A escola dos autoritários é aquela que, além de reprovar, nenhum pai e nenhuma mãe queria ir, porque sabia que era para esculhambar os filhos deles", completou Jerônimo.
Após a fala, a APLB voltou a reagir. "Nao é justo atribuir essa responsabilidade única e exclusivamente aos professores, professoras ou à qualquer instituição de ensino. Temos problemas graves como a evasão escolar, a insegurança, a falta de estrutura, a desvalorização dos trabalhadores em educação. Como professor, o governador sabe que o ato de ensinar não pode se resumir na aprovação ou desaprovação do aluno. Vai muito mais além!", escreveu a entidade, no Instagram.
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